quinta-feira, novembro 29

Que se foda a passividade

Nao me apetece mesmo nada dar uma de emocional para aqui.Mas ja que me pus aqui a espera do irreal, a espera que aquele quadradinho salte a frente dos meus olhos, eu escrevo. Nao sei o que ao certo , mas escrevo. Escrevo que tudo o que vivo nao existe.Porque ja passou. E fica a memoria, a saudade, que nao sao nada mais nada menos do que imagens que me correm na parte de tras da cabeca. E fica tudo sem sentido, se e que alguma vez houve. Olhando para tras tudo parece senil, inesperado, louco mas certo. Olhando para o agora, esta tudo parado. Tudo faz uma pausa para reflectir o antes e o depois que esta prestes a ser o agora.O agora, o futuro...e uma merda. E uma filha da puta de uma responsabilidade. E aquilo que nao quero fazer, aquilo que sou obrigada a fazer a pala de cabroes que me deixaram a colher aquilo que semearam. Porque? Nao sei nao quero saber. Nao quero pensar. A racionalidade e os planos para os anos futuros nunca me deixaram bem, nunca se realizaram. Chove la fora, mas parece me mais que chove ca dentro. A agua que desliza do tecto inunda as teclas que pressiono, fazendo curto circuito impedindo me de dar um novo passo que seja; o vapor impede me de olhar para o ecran, impede me de estar atenta para agarrar tudo o que desejo com dentes e garras, maos e coracao; o frio congela me, faz me mais fria e distante do que ja era antes; e caio na rotina que tento evitar toda a puta do dia. O tempo muda, passa e eu fico escassa.Nao tenho paciencia para me manter passiva, viver a vida indecisa.Por isso sei que hoje, vou correr para o monte, onde sei que ninguem se ira atrever a interromper o meu momento, longe de tu e de tudo, tudo aquilo que me mata e me corroi repetidamente. E fico la. A pensar nele, no irreal.Sempre a espera. Como sempre estive.Mas agora um pouco mais esperançosa, um pouco mais distante

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